Psicografia – Os nossos jovens

"Saudações queridos Irmãos, queridos amigos!

Que as bênçãos de Deus e a alegria da juventude sejam aproveitadas por todos aqui presentes.

Hoje, de novo, esta jovem nos brinda a todos com a singeleza de doar-se, em público, com a sua sinceridade e os pontos de vista que a sua jovem vida depreende do mundo que a rodeia.

Esta menina nos convida a todos a pensar nos nossos jovens.

Sobretudo a pensar de como cada um de vós, os adultos, se relacionam com os seus jovens.

Se é verdade, que sabeis mais que eles, porque tendes mais experiência e mais sabedoria, porque sucede que muitos de vós os consideram a eles, os jovens, perdidos, distantes, mal-criados, impenetráveis e inalcançáveis?

Como é o relacionamento com os vossos jovens?

Confiam eles em vós, e será que é a vós que eles recorrem quando sofrem as dúvidas profundas que têm de enfrentar no exercício da sua jovem vida? Será? Eles vos procuram para abrir o seu tenro coração, para beber de vós a tal sabedoria e conhecimento que acreditais ter a mais que eles?

Ou será que a vós eles vos mentem e escondem e omitem as verdades dos seus corações?

Porque será que os vossos jovens não vos procuram para adquirir o auxílio de que tanto necessitam?

Será porque estais sempre preparados para criticar, para acusar, para rebaixar e desaprovar as vossas crianças? E porque o fazeis? Será que o orgulho em admitir que não tendes sempre o controlo da vida e que ninguém é perfeito, vos turva o raciocínio?

Porque afirma esta jovem que em pleno seculo XXI todos fumam e se drogam na sua escola, sendo que a época New Age já foi há 40 anos!?! Já não é moda, já não é “cool”… então porque se destroem os vossos filhos se hoje eles sabem que isso é terrível? Não será também para vos castigar… pela vaidade, pelas aparências que insistis em viver?

Abraçai os vossos jovens, não só com os braços, mas sobretudo com os vossos olhos. Com sinceridade e compreensão.

Não lhes deis tudo o que eles querem – tende coragem de dizer NÃO – mas às coisas que lhes são supérfluas, porque aí eles ouvirão NÃO, mas sentirão SIM. Sim, eu amo-te! Sim, eu dou-me ao trabalho por ti. Não ao trabalho de ganhar muito dinheiro para comprar-te tolices para poder gabar-me através de ti – mas ao trabalho de dialogar contigo, ao trabalho de sustentar o confronto de opiniões, ao trabalho de ajudar-te, entender-te… ao trabalho de fazer-me amado por ti.

Porque os jovens também amam, também se apaixonam, também confiam, também se importam. E, se merecerdes também te amarão a ti, também te respeitarão e te darão o coração, com confiança.

Cada critica que tecem aos vossos jovens é um atestado pessoal da própria burrice e incompetência.

Terminamos como começámos: Se sois mais sábios que eles, usem então com sabedoria a sabedoria que acreditais possuir.

Fiquem em Paz,  fiquem com Deus."

 

Aveiro, 23 de Setembro de 2016

AELP, Maria João Azevedo, psicografia de Ea

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